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terça-feira, 8 de junho de 2010

E X Ú – O Mensageiro dos Orixás

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E X Ú – O Mensageiro dos Orixás

Èsù é um Orirá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú, Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, Bombo Njila, Pumba Njila.
Exú é sem dúvidas a figura mais controvertida dos cultos afro-brasileiros e também a mais conhecida e comentada. Há antes de mais nada, a discussão de que  Exú seria  um Orixá ou apenas uma entidade diferente, que ficaria entre a classificação de orixá e ser humano. Sem dúvidas ele trafega tanto pelo mundo material (ayé) onde habitam os seres humanos e todas as figuras vivas que conhecemos, como pela região do sobrenatural (orum), onde trafegam os orixás, entidades afins e almas dos mortos. Não existe culto (seja na Umbanda ou nas nações do Candomblé) onde não se faça necessária a presença do Orixá Exú. É ele que inicia todo processo espiritual de contato com os Deuses do Panteão Africano.
É o primeiro orixá a ser louvado em qualquer culto afro-brasileiro, pois depende dele a permissão para que se possa fazer o contato necessário  com o mundo espiritual. Exú é o telefone que liga os planos material (ayé) ao plano espiritual (orum), e da mesma forma que faz essa comunicação, Exú também tem o poder de interromper a mesma, causando várias vezes dificuldades de incorporação e problemas de ordem espiritual. Por isso, a grande maioria dos Zeladores do Santo prega a seriedade e a ordem no início dos cultos quando se louva a Exú.
Embora culturalmente seja muito falado e confundido por vezes com forças malignas ou negras, Exú é alta patente dentro do mundo dos Orixás, recebendo “status” de alta autoridade. Orixá quase sempre sem noção do poder que possui, Exú é freqüentemente lembrado em lendas onde desafia orixás e algumas vezes torna-se vencedor. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exú habitar as encruzilhadas, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas, entradas e saídas. Isso não entra em contradição com o fato de Ogum, o orixá da guerra, ser considerado o senhor dos caminhos. Além da grande afinidade entre as duas figuras míticas (que são irmãos de acordo com as lendas), Ogum é o responsável pelo desbravamento, pelo desmatar e o criar de novos caminhos, pela expansão imperialista do reino, enquanto Exú é o senhor da força (axé) que percorre os caminhos.
Da onde vem a ligação de Exú a um suposto “Diabo” ? Como os  africanos não podiam cultuar seus deuses em liberdade, mascaravam a prática em cultos católicos, como se tivessem se convertido a religião dominante, para escapar dos castigos. Aproveitando que alguns jesuítas tentaram usar o conjunto de mitos africanos moldando-o na medida do possível às configurações católicas para apressar o aculturamento, os negros faziam completos cultos de candomblé, mas colocavam figuras de santos católicos nos altares, sob os quais ficavam os assentamentos verdadeiros dos orixás que tinham trazido da África ( onde surgiram os sincretismos com os Santos da Igreja Católica – para os Africanos Ogum era o Deus da guerra e viram em São Jorge a figura de um guerreiro que se encaixava no perfil da divindade africana). Como precisavam de um Diabo, os jesuítas encontraram na figura de Exú o orixá que poderia, meio forçadamente, vestir a roupa, provavelmente porque, sendo o mais humano dos orixás, a ele se pedia interferência nas questões mais mundanas e práticas, o que resulta que a maior parte das oferendas do culto vá para ele. Exatamente por isso, Exú era a divindade que protegia, na medida do possível os negros dos repressivos senhores. Os pratos de comida oferecidos ritualisticamente (ebós) para Exú eram deixados nas encruzilhadas  próxima  a casa grande e constituíam a parte visível do ressentimento  dos negros. Era para Exú que pediam desgraças para seus senhores. Numa circunstância de luta, aquele que pratica o bem para um (atacando o outro) também pode ser visto, pela ótica do antagonista, como o que faz o mal. Assim , os senhores de engenho viram em Exú o Demônio que os negros lançavam contra eles. Dois outros fatores associam Exú ao Demônio: o fogo, elemento do Diabo e também freqüente nos cultos e oferendas para o mensageiro dos orixás africanos; e o sexo, território considerado tabu pelos católicos, e o prazer – em geral, as atividades preferidas de Exú.
É Exú quem está presente no ato da fecundação, no exato momento da criação do ser humano ( Exú tem as égides no ato da fecundação, passa para Oxum que conduz toda a gestação, esta por sua vez passa para Nanã no ato do nascimento para que esta peça a Oxalá a autorização para a nova vida, após o nascimento a responsabilidade é do Orixá que tomará conta daquela ori (cabeça) pelo resto da sua existência juntamente com Yemanjá, por ser esta a responsável pelo constante aprimoramento do ser humano.
Exu traz nas mãos o Ogô ou Insígnia. Cetro em forma de pênis na representação da procriação dos seres humanos.
Características: Os omo (filhos) de Èsù têm uma personalidade muito forte e marcante, fazem de tudo para ajudar as pessoas que gosta. São fortes e geralmente atingem seus objetivos. São francos, inquietos, rápidos, atentos. Tem muita vaidade e gostam de disputar espaço. Na Astrologia, está associado aos signos de Gêmeos (Mercúrio) Casa 3 e a Escorpião (Plutão) Casa 8. Devem sempre se afastar de brigas, bebidas, drogas e más companhias.
Homens: sempre altos, com bom porte físico e olhar fixador. Mulheres: estatura média, olhar forte, com corpo bem definido, esguio.
A palavra EXU em iorubá significa “ESFERA”, aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim.
***Gostaria de salientar que as características, animais e ferramentas podem obter uma pequena diferença conforme cada Nação, assim como os adjuntós e sincretismo, estas diferenças podem ser manifestadas, no jogo de búzios, como peculiaridades de cada Orixá.
Cores: Vermelho (ativo) e preto (absorção de conhecimento)
Domínios: Encruzilhada, portas, caminhos, movimento, cosmo.
Saudação: Laroiê Exu (“Salve Exu”), Alúpo ou Lalúpo; Èsù yè, Laróyè (Salve Èsù).
Dia da Semana: Segunda-feira
Símbolo: Ogò (porrete em formato de okani (phalus)–representando a fertilidade) e àdó (cabaça) e o Òkòtó (uma espécie de caracol).
Qualidades de Exu
Exú Elegbára
*Senhor do Poder*
Conhecido como Elegbára (ele=dono, senhor ; agbara=poder), contém muitas definições e funções:

Exú Yangi
pedra vermelha de laterita, primeira protoforma existente – água + terra -
Exú Àgbá
pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús individuais)

Exú Obá
rei-de-todos
Exú Alakétu
título dado a exú pelos kétu da Bahia – rei do povo Kétu

Exú Elebo
senhor-das-oferendas

Exú Ojìse-ebo
encarregado-e-transportador de oferendas

Exú Elérú
senhor do erú (carrego)

Exú Olòbe
proprietário e senhor da faca

Exú Enú-gbárijo
explicitador de mensagens

Exú Bara
o rei do corpo (obá + ara)
(princípio de vida individual)

Exú Odara
aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)


Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

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